PROFESSOR DA ESCOLA CREUSA DE FREITAS QUALIFICA PESQUISA NA UFPB

NA SEMANA QUE PASSOU O PROFESSOR EMANOEL LOURENÇO TEVE A SUA PESQUISA APROVADA NO EXAME DE QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO. COM A BANCA EXAMINADORA COMPOSTA PELOS PROFESSORES GILBERTO SOUZA (UNESP), JORGE HERMIDA (UFPB) E MARIA CREUSA (ORIENTADORA - UFPB) FOI QUALIFICADA A PESQUISA QUE TERÁ MUITO A ESTUDAR SOBRE A GESTÃO ESCOLAR NA NOVA PERSPECTIVA DE GESTÃO POR RESULTADOS.

Esta pesquisa, de caráter qualitativo, examina as parcerias público-privadas na gestão da escola pública no estado de Pernambuco, as quais se inserem no contexto da reforma do aparelho do Estado, desencadeadas por intermédio das recomendações postas no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE, 1995). Tais recomendações tratam a educação como um serviço não exclusivo estatal. A pesquisa discute a concepção de educação como serviço/mercadoria e como essa lógica tem fomentado a criação de um modelo de gestão empresarial nas escolas. Utiliza-se, como referencial teórico-metodológico, Peroni (2003; 2007; 2010), Borges (2014), no exame da categoria parceria público-privada; Borges (2009; 2010; 2013; 2014), no tocante à problematização da educação como um serviço/mercadoria e Paro (2008, 2009, 2010, 2011) para compreender a categoria gestão escolar.  O método, compreendido como referencial de análise, fundamenta-se no materialismo histórico e dialético, com as devidas atualizações elucidadas pelas abordagens de Frigotto (2001), Harvey (1996, 2013), Netto (2011, 2012) para pensar o social. Compreende-se, dessa forma, que a análise marxista é a que faz uma crítica radical e sem celebrações ao capitalismo. Trata-se de um referencial que assume um papel histórico na construção de uma análise da realidade social. O corpus da pesquisa constitui-se do PDRAE (1995), o qual institui a educação como serviço não-exclusivo do Estado, do marco regulatório da parceria público-privada, tais como as leis nº 8.987/95 e nº 11.079/2004 e de documentos produzidos pelo governo estadual de Pernambuco, que estabelecem a criação dos centros experimentais e a natureza de sua gestão. Como procedimento de estudo recorre-se à análise documental numa busca de apreender as linhas gerais que sinalizam a intencionalidade da política educacional analisada e à entrevista semiestruturada, na tentativa de compreender como o modelo de gestão empresarial, na lógica da parceria público-privada, tem sido aplicado concretamente no cotidiano escolar.