SÃO VICENTE É DO AGRESTE OU ZONA DA MATA
A ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO
Equipe de Projetos da Âncora
1. Raízes históricas
A Zona da Mata de Pernambuco é composta por 43
municípios, ocupando uma área de 8.738 km2, correspondente a 8,9% do território
estadual e estando situada entre os meridianos de 34°80' e 30°20' Oeste de
Greenwich e os paralelos 8º20' e 9°00' Sul . Até bem pouco tempo, a maior parte
desta área era referida como "região canavieira". É uma das Regiões
de maior potencial econômico do Nordeste, pelos recursos naturais disponíveis
(água, solo, etc.), pelas vantagens locacionais (em torno da Região
Metropolitana do Recife), com razoável infra-estrutura econômica (estradas,
portos marítimos, aeroportos) e abundante contingente de mão-de-obra. No último
censo demográfico, a sua população era de 1.132.544 habitantes, equivalendo a
15,9% da população do estado, dos quais 62% se encontravam na zona urbana.
Nessa Região concentra-se a monocultura canavieira, que, em uma área de
aproximadamente 450 mil hectares, chegou a empregar em épocas de safra, mais de
200 mil pessoas.
O Setor Canavieiro de Pernambuco, no entanto, não
conseguiu estabelecer um processo de desenvolvimento dinâmico como, por
exemplo, o ocorrido em São Paulo. Por razões históricas de sua formação, com
raízes coloniais que remontam ao Século XVI, continuou nas mãos da oligarquia
latifundiária, que usa a terra como base de poder. O monopólio da terra
garantiu a monocultura canavieira e inibiu o surgimento de outras atividades
econômicas, gerando problemas estruturais, tias como: desemprego (estrutural e
sazonal) e subemprego, déficits sociais elevados e a degradação do meio
natural.
Com a implantação do PROALCOOL, programa do
Governo Federal, na década de 70, ampliou-se a plantação de cana em áreas de
solos e relevo não adequados à cultura, agravando as dificuldades crônicas de
baixa produtividade agrícola (por atraso tecnológico). Com efeito, a baixa
produtividade média de 47 t/ha (contra 70 t/ha em São Paulo) pode ser explicada
pela defasagem de vários componentes tecnológicos, que vão desde a utilização
de certas variedades de baixo potencial produtivo, em mais da metade da área
plantada, até a ausência de certas tecnologias biológico-químicas, passando
pela não utilização da mecanização em cerca de 85% da área.
Outro efeito negativo do PROALCOOL foi a drástica
redução das pequenas áreas exploradas com culturas alimentares (mandioca,
inhame, batata-doce, feijão e milho), e algumas espécies frutíferas. Só mais
recentemente, diante do agravamento das dificuldades do setor canavieiro, é que
se observa uma tendência para a retomada dessas iniciativas de diversificação
das atividades agrícolas. Na orla litorânea, em áreas não atingidas pela
especulação imobiliária, é encontrado o coqueiro gigante em formações
espontâneas ou lavouras comerciais.
Também, as práticas gerenciais e tecnológicas, em
utilização pela grande maioria das unidades de fabricação, permanecem em níveis
incompatíveis com as de seus concorrentes localizados no Centro-Sul do país.
Após a introdução do engenho a vapor no processo de fabricação do açúcar no
final do século XIX, somente na década de 70 voltaram a ocorrer investimentos
significativos na modernização da indústria canavieira, orientados,
principalmente, para a produção de álcool. Após esse período, apenas uma ou outra
empresa isoladamente investiu fortemente em suas unidades de fabricação.
Há, porém, um consenso entre os estudiosos da
questão açucareira de Pernambuco de que as políticas paternalistas adotadas a
partir da década de 30, contribuíram para a defasagem tecnológica ocorrida no
Nordeste ante os seus competidores paulistas, principalmente.
Em síntese, a Zona da Mata de Pernambuco herda do
seu passado um elenco de problemas estruturais nas dimensões econômica, social,
ambiental, política e cultural, que podem ser resumidos da forma a seguir:
- estrutura fundiária exageradamente distorcida: de um lado, grandes latifúndios, produtivos ou não, explorando a monocultura da cana-de-açúcar e, de outro, convivendo com as unidades familiares produtivas (fornecedores de cana, etc.), os minifúndios incapazes de absorver a mão-de-obra de uma família, tentando explorar culturas alimentares diversificadas;
- defasagem tecnológica do setor sucro-alcooleiro (agrícola e industrial) em relação aos seus competidores do Centro-Sul do país;
- elevado índice de inadimplência do setor sucro-alcooleiro (débitos bancários, tributários e previdenciários);
- meio natural degradado com raros vestígios dos ecossistemas, terras erodidas, rios poluídos e ameaçados de desperenização pelo assoreamento;
- elevados índices de desemprego (estrutural e sazonal) e subemprego, principal fonte que explica a existência do "exercito de excluídos" das periferias das cidades da Região e da área metropolitana do recife;
- infra-estrutura social deficiente (saúde, educação, habitação, saneamento...), contribuindo para explicar os péssimos índices de qualidade de vida da população e a existência da maior concentração de bolsões de pobreza do estado;
- baixo índice de educação formal e de participação política;
- uma cultura sedimentada na crença de que a cana de açúcar é a única vocação agrícola da Região. Dessa crença compartilham trabalhadores, fornecedores de cana, empresários, políticos e grande parte dos técnicos e instituições públicas.
2. A crise atual, a partir dos anos 90
A fragilidade, acentuada nas últimas décadas, do
setor sucro-alcooleiro da Zona da Mata de Pernambuco somente tem ganho
evidencia em momentos (cíclicos) de aguda inadimplência financeira. Geralmente,
a reação dos trabalhadores rurais, em demonstrações públicas, contra a demissão
em massa e a falta de pagamento de débitos trabalhistas, sempre foi o primeiro
sinal visível, ao grande público, desses momentos caracterizados como crises. E
em clima de crise, a pressão política dos usineiros atua de forma a acobertar
os débitos bancários, tributários e previdenciários sob o manto protetor do
Estado. Na verdade, o poder público, através do IAA - Instituto do Açúcar e do
Álcool, sempre protegeu de forma permanente o setor canavieiro, via equalização
de custos (mecanismo de compensação pela menor produtividade agrícola da cana
do NE) e administrando preços, quotas de produção e reserva de mercados.
Com a existência do IAA, acabou o subsídio de
equalização de custos, mas concedeu-se um sobrepreço de 25% no álcool produzido
no Norte e no Nordeste e isenta-se de IPI o açúcar dessas regiões (18% no
Centro-Sul).
A partir da safra 90/91, o Nordeste perdeu a
exclusividade do mercado externo (exclusividade que camuflava a ineficiência
para competir), no momento em que a demanda e os preços internacionais de
açúcar se elevaram substancialmente - principalmente pela queda da participação
de Cuba e o aumento de consumo da China. O estado de São Paulo, que até então
contentava-se em abastecer o mercado interno, entre agressivamente no mercado
internacional (baixando os preços, inclusive), saindo de 84 mil toneladas
exportadas em 1990 para 1,6 milhões de toneladas em 1991 e, com a frustração de
safra de Pernambuco em 94/95, alcança 2,5 milhões de toneladas de açúcar
exportadas.
Como se vê, a crise dos anos 90l da economia
canavieira de Pernambuco agrega novas dificuldades, alcança maior dimensão e
diferencia-se das anteriores (fundamentalmente) por acontecer no momento em que
o Estado brasileiro redefine as suas funções - para adequar-se à "nova
ordem" imposta pela globalização - e, por isso, não está disposto a
assumir o ônus da dificuldades do setor. Com efeito, a crise perde a
característica de "coisa temporal" e aponta para a perspectiva de fim
de um modelo de exploração monocultural.
Como esse entendimento ainda não é consensual
entre os usineiros e os fornecedores de cana, há uma certa perplexidade dessas
categorias com a "insensibilidade" do governo federal. Na verdade,
alimentam a esperança de que o seu pode político - ainda, sem dúvida, muito
forte - consigna saídas para a crise, na base de políticas compensatórias e de
proteção ao setor. Todavia, os empresários mais modernos e, principalmente, os
dirigentes das entidades que os representam (sindicatos e associações) possuem
o diagnóstico correto da situação e buscam alternativas que se adaptem aos
"novos tempos", o que sinaliza para a possibilidade de um
entendimento dos agentes diretamente envolvidos com a economia canavieira, na
construção de um projeto alternativo para a Zona da Mata.
3. Ambientes naturais: potencialidades, limitações e uso atual do solo
A denominada Zona da Mata corresponde, do ponto
de vista do meio natural, a zona fisiográfica Litoral-Mata de Pernambuco que se
apresenta como um complexo bioedafoclimático de elevada diversidade. De clima
úmido e com vegetação natural do tipo floresta tropical chuvosa, não mais
existente, essa Zona apresenta duas porções distintas: uma Meridional mais
chuvosa, e outra Setentrional menos úmida, com estação seca mais pronunciada.
Em traços largos, três grandes ambientes naturais
distintos podem ser identificados:
- a Planície Quaternária da orla costeira, interrompida em algumas situações por estuários formados por manguezais lamacentos;
- os Interflúvios Largos e Planos, sob a forma de baixos platôs tabulares, separando as várzeas dos rios na porção norte do estado e que, quando situados sobre substrato sedimentar, nas proximidades do litoral, recebem o nome de "tabuleiros" e quando situados no interior, sobre substrato cristalino, têm o nome de "chãs";
- e uma Faixa Cristalina de Relevo Movimentado, situada ao sul do estado, entre os paralelos do Recife e Barreiros, e ao norte a retaguarda dos "Tabuleiros". A porção sul da Faixa Cristalina é formada por colina de topo arredondado, enquanto a norte é caracterizada por relevos fortes ondulados e montanhosos de colinas com encostas íngremes.
Junta-se, a esses três grandes ambientes, a
Planície Aluvial (Várzeas) dos cursos baixos dos rios que entrecortam as
porções meridional e setentrional de zona Litoral-Mata.
Nessa Zona Fisiográfica, o clima quente e úmido,
caracterizado, principalmente na porção meridional, pela razoável quantidade e
distribuição das chuvas e a boa capacidade de armazenamento de água da maioria
de grande parte dos solos, ano limita a oferta de água para as plantas dos
diferentes agroecossistemas. Entretanto, a pobreza em nutrientes para as
plantas, associada á suscetibilidade, à erosão e ao relevo acidentado da
maioria dos solos, além do adensamento natural daqueles predominantes nos
"Tabuleiros" e a má drenagem das várzeas, restringe a expressão do
potencial produtivo das espécies vegetais componentes dos diversos
agroecossistemas. Destas forma, são as características e propriedades dos solos
e o relevo acidentado de forte expressão e não, em geral, a oferta de água para
as plantas, animais e homem, que condicionam o desempenho dos agroecossistemas.
A ocupação agrícola desses diferentes ambientes,
muito embora revele maior ou menor ajustamento aos recursos naturais, expressa,
de certo modo, as raízes socioeconômicas e histórico-culturais da colonização
do Nordeste, com a predominância da lavoura canavieira.
Nos solos arenosos da Planície Quaternária da
orla litorânea, apesar da forte especulação imobiliária, se faz presente em
formações espontâneas ou em lavouras comerciais, tanto na porção norte quanto
na sul, o coqueiro gigante ou coco da praia, o que de certo modo revela o
hábitat predileto dessa planta. Por outro lado, nas áreas de manguezais de
solos salinos, desenvolve-se uma pesca artesanal, em via de total
desaparecimento, o cultivo semi-intensivo de peixes, os tradicionais
"viveiros", e também a captura de alguns tipos de crustáceos e
moluscos.
Nos interflúvios, principalmente, nos
"Tabuleiros" de solos, em geral, aeronoso, de baixa-fertilidade e
ocorrência de adensamento natural, a ocupação até certa época era pouco
expressiva. A cobertura vegetal do tipo "Cerrado" predominava nesses
solos, enquanto em áreas de solos menos pobres a vegetação mais exuberante convivia
com a presença de sítios (pequenos pomares de fruteiras e cultivos de
subsistência) e de pequenas áreas, exploradas por foreiros, com culturas
(mandioca, inhame, batata-doce, feijão, milho etc). de autoconsumo. "A
expansão da cultura da cana-de-açúcar, principalmente após a implantação do
PROALCOOL, ocupou "Tabuleiros" e "Chãs". Mesmo assim, nas
"Chãs", de solos ácidos, da porção norte de Pernambuco, constata-se o
surgimento de atividades como: avicultura, suinocultura e os cultivos do
inhame, abacaxi, coco-anão e, ultimamente, da acerola, entre outros.
Na área denominada de Faixa Cristalina, há, pelo
menos, quanto ao clima, duas condições ambientais bem distintas. Na porção
meridional de Pernambuco, o clima bastante úmido possibilitou, principalmente após
a implantação das usinas de açúcar, a expressão máxima da cana-de-açúcar, que
ocupa não só algumas áreas de solos aluviais (hidromórficos) das várzeas dos
rios, mas também as encostas e topos das colinas. Nas várzeas, os solos são
ricos em elementos nutritivos para as plantas, muito embora a presença elevada
do lençol freático, em grande parte do ano, restrinja a disponibilidade de
oxigênio para um grande número de espécies cultivadas. Nas colinas, a baixa
fertilidade natural dos solos é marcante, sendo agravada pela suscetibilidade à
erosão, principalmente quando situados nas encostas. É, desse modo, pequena a
ocorrência de outras formas e uso da terra, que não o cultivo da
cana-de-açúcar, e também bastante concentrada a posse da terra.
No presente, podem ser encontrados outros tipos
de atividades agrícolas como: a cultura da banana-anã ou nanicão, com áreas
concentradas em poucos municípios e, mais recentemente, o cultivo da
seringueira e do cacau, além do surgimento das explorações de gado bovino (corte
e leiteiro), de bubalinos e de pequenas criação de peixes e camarões.
Na porção norte do estado, as condições
climáticas mais restritivas, quanto à pluviosidade, e o relevo mais acidentado
da Faixa Cristalina, muito embora com ocorrência de solos de elevada
fertilidade natural, confinaram a cana-de-açúcar às largas várzeas do médio e
baixo curso dos principais rios e às partes baixas das encostas, determinando o
que se denominou de "Zona de Várzeas Canavieiras". Mais recentemente,
os incentivos governamentais à expansão canavieira fizeram com que a cultura
ocupasse "Tabuleiros" e "Chãs", adentrando-se também em
áreas mais declivosas. Estes componentes do meio natural podem ser apontados,
em grande parte, como responsáveis pelo menos número de usinas de açúcar e pela
presença de propriedades de tamanhos pequenos e médio (donos de engenhos de
antigamente e posteriormente os fornecedores de cana). Essas áreas, no passado,
representavam o domínio da pecuária, que abasteça o plantation canavieiro de
carne e animais de tração, ao lado de pequenas lavouras de subsistências, das
culturas do algodão, herbáceo e de café.
As condições ambientais restritivas para a
cultura da cana-de-açúcar e as crises do mercado de açúcar fizeram com que
senhores de engenhos e fornecedores de cana desmembrassem suas terras e/ou
procurassem outras alternativas para o uso do solo, o que, de certo modo,
conduziu a diversificação dos agroecossistemas existentes. Assim, em função da
topografia do terreno e da maior ou menor disponibilidade de água, ecossistemas
agrícolas constituídos pela cultura da bananeira, da uva preta - esta em alguns
municípios -, além da pecuária de corte, são encontrados ocupando a grande
maioria das encostas. Há, também, a ocorrência de outros tipos de exploração vegetal,
como as da cultura do inhame da Costa, batata-doce, mandioca, além daqueles
constituídos por algumas espécies frutíferas e uma expressiva atividade
avícola.
4. A Cidade e o Campo
A migração do campo para a cidade dá-se hoje em a
duas direções: (a) para o Centro-Sul na busca de conseguir emprego; e (b) outra
parte migra para as periferias do Recife e de outras cidades de porte médio da
Região, em condições precárias, passando à condição de sub-empregados na
informalidade. Muitos se marginalizam ou sobrevivem com os programas
compensatórios do governo federal.
Recentemente, estudiosos têm observado o retorno
para o campo, de parcela significativa dos que migraram, por razões de grandes
dificuldades de moradia nas periferias das grandes cidades. Nesse aspecto, a
moradia nos engenhos, que não derrubaram as antigas cassas de morador, é a
principal atração. Além disso, ações dos governos de alguns municípios no
atendimento à saúde básica da família, oferta dos serviços do ensino e a
merenda escolar, na área rural, têm estimulado essa volta. Uma certa melhoria
na oferta de emprego devida à retomada do preço da cana e do incremento do seu
maior cultivo, também contribui para esse retorno ao campo.
A migração, contudo continua entre os mais
jovens, principalmente. A preferência ainda é pela cidade grande. De acordo com
estudo feito pela Universidade Católica de Pernambuco (SICSU; MEDEIROS, 2002),
informações das escolas agrícolas da Mata Meridional indicam que:
... os jovens que se
profissionalizam nas cidades apresentam o seguinte perfil: 10% voltam para
aplicar o que aprenderam nas propriedades rurais dos próprios pais; cerca de
30% ficam na cidade à procura de oportunidades, de concursos da prefeitura, de
um contrato numa escola ou emprego no comércio local; os outros, 60%, quando
terminam o curso, vão fazer vestibular na capital e lá se fixam, procurando, na
capital ou em outra cidade próxima, uma profissão que melhor remunere seu
trabalho e dificilmente voltam. Nesse sentido, é bom notar que vem ocorrendo um
esvaziamento de quadros qualificados que poderiam ajudar nas modificações
estruturais da região.
A Zona da Mata de Pernambuco é constituída de 43
municípios, os quais formam três microrregiões: a Mata Meridional (21
municípios), a Mata Setentrional (17 municípios) e Vitória de Santo Antão (5
municípios). O Quadro apresentado a seguir relaciona os municípios por
microrregião, indicando, para cada um, a sua população total e da cidade sede
do município e a taxa de urbanização para dois mil.
QUADRO 1 - MESORREGIÃO DA MATA PERNAMBUCANA
POPULAÇÃO TOTAL E POR MUNICÍPIO E TAXA DE URBANIZAÇÃO 2000
POPULAÇÃO TOTAL E POR MUNICÍPIO E TAXA DE URBANIZAÇÃO 2000
MATA MERIDIONAL (Mata Sul)
|
|||
MUNICÍPIOS
|
POPULAÇÃO
|
TAXA DE URBANIZAÇÃO
|
POPULAÇÃO SEDE MUNICÍPIO
|
Água Preta
|
28.715
|
51,15
|
13.002
|
Amaraji
|
21.319
|
67,49
|
14.388
|
Barreiros
|
39.151
|
79,29
|
30.908
|
Belém de Maria
|
10.634
|
61,80
|
4.200
|
Catende
|
31.149
|
75,19
|
19.944
|
Cortês
|
19.986
|
65,22
|
8,436
|
Escada
|
56.959
|
79,82
|
42.530
|
Gameleira
|
23.784
|
70,26
|
16.001
|
Jaqueira
|
11.640
|
50,78
|
5.911
|
Joaquim Nabuco
|
15.921
|
60,40
|
9.617
|
Maraial
|
13.940
|
56,44
|
6.454
|
Palmares
|
55.658
|
77,82
|
45.548
|
Primavera
|
11.470
|
57,92
|
6.643
|
Quipapa
|
22.202
|
49,11
|
9.706
|
Ribeirão
|
41.368
|
71,39
|
27.356
|
Rio Formoso
|
20.763
|
40,21
|
6.963
|
São Benedito do Sul
|
10.477
|
50,33
|
3.643
|
São José da Coroa Grande
|
13.953
|
67,98
|
9.494
|
Sirinhaém
|
33.079
|
41,03
|
9.674
|
Tamandaré
|
17.056
|
67,65
|
10.835
|
Xexéu
|
13.597
|
57,76
|
7.853
|
MATA SETENTRIONAL (Mata Norte)
|
|||
MUNICÍPIOS
|
POPULAÇÃO
|
TAXA DE URBANIZAÇÃO
|
POPULAÇÃO SEDE MUNICÍPIO
|
Aliança
|
37.188
|
45,91
|
12.353
|
Buenos Aires
|
12.016
|
53,40
|
6.416
|
Camutanga
|
7.830
|
76,59
|
5.997
|
Carpina
|
63.769
|
95,60
|
60.965
|
Condado
|
21.756
|
84,72
|
18.432
|
Ferreiros
|
10.737
|
64,92
|
6.970
|
Goiana
|
71.088
|
61,12
|
94.876
|
Itambé
|
34.966
|
75,28
|
18.730
|
Itaquitinga
|
14.950
|
72,11
|
10.780
|
Lagoa do Carro
|
13.083
|
61,59
|
8.058
|
Lagoa de Itaenga
|
19.908
|
75,79
|
15.088
|
Macaparana
|
22.474
|
60,07
|
13.500
|
Nazaré da Mata
|
29.218
|
84,45
|
26.674
|
Paudalho
|
45.063
|
76,32
|
34.391
|
Timbaúba
|
56.895
|
77,39
|
41.842
|
Tracunhaém
|
12.379
|
76,20
|
9.433
|
Vicência
|
28.744
|
36,38
|
9.434
|
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
|
|||
MUNICÍPIOS
|
POPULAÇÃO
|
TAXA DE URBANIZAÇÃO
|
POPULAÇÃO SEDE MUNICÍPIO
|
Chã Grande
|
18.403
|
63,70
|
11.722
|
Gloria de Goitá
|
27.528
|
45,49
|
10.575
|
Pombos
|
23.343
|
59,88
|
12.801
|
Vitória de Santo Antão
|
121.269
|
81,92
|
98.075
|
As cidades da Zona da Mata nasceram ao redor dos
grandes engenhos e usinas de cana de açúcar e cresceram estruturando-se para
fornecer produtos e serviços exigidos pelo complexos sulcroalcooleiro. As
atividades são predominantemente rurais, e os pólos de convergência da produção
rural sempre foram as usinas e não as cidades. Estas não funcionavam como
entrepostos e não desenvolveram dinâmicas próprias, vivendo para suprir as
necessidades das usinas e das pessoas com elas envolvidas. Assim, explica-se o
fato de as cidades não terem se desenvolvido e tampouco crescido. As maiores
apresentam ainda hoje população urbana de até 60.000 habitantes, destacando-se
Carpina, Palmares, Timbaúba, Escada e Goiana. A exceção é Vitória de Santo
Antão, cuja população aproxima-se de 100.000 habitantes.
Essas cidades de porte médio cresceram com a
transferência da população do campo de seu município e de municípios vizinhos
por conta da crise do setor sulcroalcooleiro, e a transferência dos
trabalhadores desempregados, inchando as cidades de gente e de significativas
carências de serviços e de infraestrutura urbana.
Caracterizando mais precisamente: os Municípios
da Zona da Mata Pernambucana podem, hoje, Pode-se dividir os municípios da zona
da Mata em dois blocos: (a) os que possuem cidades-pólos com significativo
dinamismo; e (b) os que têm sedes com baixo dinamismo e, por isso, subordinadas
às atividades canavieiras e às cidades Pólos.
Em algumas cidades maiores, foram desenvolvidos
alguns ramos industriais como o de mobiliário, calçados, o de confecções, a
construção civil, minerais não metálicos, metalurgia e alimentos. Muitos desses
ramos, ao alcançarem certo vulto, sofrem as exigências de maior capacidade de
competição, o que tem levado tais atividades a enfrentar fortes dificuldades de
sobrevivência. Mesmo assim, pode-se encontrar, na região, algumas atividades industriais
ou agroindustriais que merecem destaque.
Pode-se verificar diversificação nos serviços em
algumas cidades, além do comércio varejistas e dos serviços de administração
pública. Atividades como comércio atacadista, transporte e comunicações,
alojamento, alimentação, oficinas de reparação e manutenção, saúde, educação e
utilidades públicas. Nas cidades Pólos, como Palmares, Timbaúba, Goiana, Escada
e Vitória de Santo Antão, nota-se o surgimento e consolidação de classes médias
locais, fortemente relacionadas com os setores de serviços e comércio.
Os municípios polarizados e subordinados ao
complexo ao canavieiro local não diversificaram as atividades urbanas. De uma
maneira geral, nas suas cidades, as atividades mais importantes são o pequeno
comércio e os serviços oferecidos pela administração pública. A produção de
bens industriais ou agroindustriais é inexpressiva e os serviços são pouco
diversificados. O crescimento dos programas sociais do governo federal,
inclusive das aposentadorias, e as transferências de renda de pessoas que
migraram para grandes cidades, fazem com que haja um certo crescimento da renda
local, que ajuda a manter o comércio e os serviços.
A tendência ainda tímida de diversificação das
atividades agrícolas, leva a igual tendência de ocorrerem oportunidades de
diversificação urbana na Zona da Mata (agroindústrias alimentícias,
beneficiando banana e derivados, passas, doces, farinha entre outras
atividades). Outras atividades como o turismo, o artesanato, os movimentos
artísticos e culturais sugerem serviços urbanos, tais como, hotéis,
restaurantes, capacitação, comunicações, etc..
O citado estudo da UNICAP percebe que,
ultimamente, vem ocorrendo um certo dinamismo na Zona da Mata, conforme trecho
transcrito a seguir.
Assim, vê-se prosperar setores como
os de saúde e educação, além da construção civil. O setor de serviços se
diversifica, surgindo assessorias e cursos em diversas áreas como contabilidade
e informática. Escolas de línguas vêm completar a malha educacional junto com
investimentos em formação para o trabalho e novas escolas de terceiro grau. O
comércio tem crescido, surgindo setores que vêm atender a essas classes médias,
como revendedoras de automóveis, casas de móveis e decoração e aumento
significativo de casas de materiais para construção, entre outros.
5. A Questão Social
Apesar de uma certa dinâmica ser observada, os
problemas sócias continuam crescendo, principalmente a partir da crise do setor
canavieiro na década de 90, notando-se a favelização das periferias e o aumento
da criminalidade e violência. O desemprego e a segurança se firmam como um dos
maiores problemas dessas cidades. Os indicadores do desenvolvimento humano e
das condições de vida da população da Mata, medidos pelo Índice de
Desenvolvimento Humano - IDH e pelo Índice de Condições de Vida - ICV,
registram uma distancia muito grande para uma situação de desenvolvimento
aceitável. Todos os demais indicadores sociais de condições de vida, medidos
pela escolaridade, habitabilidade e de saúde, refletem sempre a mesma situação
de carência da população. As cidades pacatas vão apresentando cenários
semelhantes aos grandes centros urbanos, com moradias de baixa habitabilidade,
sem saneamento e outros serviços essenciais.
Os programas compensatórios do Governo Federal
vêm, de certa forma, minorando a situação de pobreza criada pela crise da cana
e por toda uma conjuntura gerada em decorrência das diretrizes públicas
prevalecentes nos últimos anos. Merecem destaque os programas de Erradicação do
Trabalho Infantil, de apoio à criança de 0-6 anos e serviços assistenciais, que
atende a pessoas idosas, os quais vêm trazendo para a região um volume de
recursos que tem um efeito multiplicador nas atividades locais além de suprir
parte das necessidades básicas dessa população.
6. O capital Social
Os primeiros movimentos sociais na Zona da Mata
Pernambucana surgiram da reação dos trabalhadores em defesa dos interesses do
homem do campo, em face da grande dependência que mantinham com os usineiros.
Esses movimentos lutavam pelos direitos trabalhistas desrespeitados, pela posse
e uso da terra. O início da década de 60 assistiu o momento de maior tensão,
quando da atuação das Ligas Camponesas.
São inúmeras as associações rurais vinculadas aos
sindicatos, permanecendo importante o seu papel, durante e após a crise do
Setor Canavieiro. Além da defesa dos interesses trabalhistas, os sindicatos
atuam também no apoio assistencial aos seus associados. Muitos dos
trabalhadores têm a dupla condição de trabalhador assalariado e de produtor
familiar, em parcelas de assentamentos, porém mantêm seus vinculos com o
sindicato de trabalhadores rurais.
Recentemente, ONGs e outras novas formas de
organização social vêm-se instalando na Região, entre elas os destacam-se
fóruns, conselhos, comissões, câmaras e comitês, criados pelos programas
oficiais, com composição paritária (governo/sociedade), com o fim de articular
a participação popular no planejamento, fiscalização e controle das políticas
públicas. Aos poucos, esses colegiados vêm possibilitando a participação mais
efetiva da sociedade local em programas na área de produção rural, saúde,
educação, apoio à criança e ao adolescente, segurança e bem-estar, social,
entre outros.
Cooperativas e organizações não governamentais -
ONGs, criadas por profissionais especializados, têm viabilizado o
desenvolvimento e a execução de projetos produtivos e sociais e promovido a
capacitação de grupos, em parceria com os governos federais, estadual e
municipais, além de contribuir para a mobilização, sensibilização e mediação de
questões de interesse do conjunto das sociedades locais. A presença da
Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional - FASE, na Mata Sul
e mais especificamente em Palmares, e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais
de Palmares, Ação Social da Paróquia dos Palmares, Centro das Mulheres e a
Federação das Associações do Município dos Palmares tem sido um exemplo dessas
iniciativas na região. Suas ações vêm sendo dirigidas para intervenções nas
discussões de questões temáticas e nas políticas públicas e têm contado com
apoio de entidades de pesquisas, como o Observatório do qual participa a
Universidade Federal de Pernambuco e agências nacionais e internacionais de
financiamento de ações de apoio ligadas às organizações sociais, entre elas a
Cáritas, a Oxifam-GB ou GTZ.
Reconhece-se, assim, que a Mata, dada sua longa
historia de lutas populares, apresenta inúmeras organizações que dão suporte
aos Movimentos Sociais, podendo caracterizar-se numa região onde há uma
participação efetiva das camadas populares, através de suas associações, na
busca de soluções para seus problemas. A Federação dos Trabalhadores da
Agricultura de Pernambuco - FETAPE continua tendo uma participação decisiva nas
negociações com o setor sucroalcoleiro.
Redatores: Wilame Jansen
e Rivaldo
Mafra.
Região:
Agreste
É a região intermediária entre a Mata e o Sertão.
Caracteriza-se por uma economia diversificada, com o cultivo de lavouras como
milho, feijão, mandioca, entre outras, e pecuária leiteira e de corte.
Principal bacia leiteira do Estado, o Agreste tem índices pluviométricos
maiores que os do Sertão, com média anual entre 800 e 1000 milímetros, mas
também é uma região sujeita a secas periódicas.
Está dividida em seis microrregiões, que veremos a seguir: Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca, Alto Capibaribe, Médio Capibaribe, Garanhuns e Brejo Pernambucano. Tem, em geral, solos rasos, já erodidos e depauperados e presta-se para o cultivo de cereais.
Vale do Ipanema
Situada no Agreste pernambucano, ocupa uma área de 5.274 km2, é formada por 06 municípios, apresenta clima semi-árido, com temperaturas elevadas, chuvas escassas e mal distribuídas e rios temporários.
A economia da microrregião tem como base a pecuária extensiva (nos vastos pediplanos) e menos extensiva em algumas áreas, além de lavouras de subsistência. Os municípios mais populosos são Águas Belas e Buíque (foto ao lado).
Vale do Ipojuca
Composta por 16 municípios, é a microrregião do Agreste pernambucano que possui estrutura urbana mais consolidada, com razoável dinamismo no setor industrial e comercial, sobressaindo-se a cidade de Caruaru, que é a maior cidade do interior do Estado e um centro comercial de importância interregional. As maiores indústrias, com destaque para os setores de alimentos e confecções, estão nos municípios de Caruaru, Pesqueira e Belo Jardim.
A microrregião tem atividades agrícolas diversificadas, destacando-se as culturas de tomate, beterraba, cenoura, repolho, alface, pimentão e outras, sobretudo nas áreas de brejo, onde se sobressaem os municípios de Brejo da Madre de Deus e Gravatá (foto acima).
Alto Capibaribe
É uma microrregião do Agreste pernambucano, formada por 09 municípios e tem uma área de 1.608 km2, equivalente a 1,63% do território estadual. A economia da maioria dos municípios depende de atividades rurais, com exceção de Santa Cruz do Capibaribe (foto ao lado) e Surubim que, juntos, detém quase 70% da taxa de urbanização da microrregião.
A cidade de Santa Cruz do Capibaribe desenvolveu, a partir dos anos 1970, uma atividade que nada tem a ver com a base econômica regional: é a confecção de vestuário, pruduzida através de inúmeras microempresas que geram renda e emprego para a maioria da população da cidade.
Médio Capibaribe
Localizada no Agreste do Estado, a microrregião tem área de 1.781 km2, onde estão situados 10 municípios, sendo Limoeiro o mais populoso. A atividade econômica de maior peso na microrregião é a pecuária mista, predominando em alguns municípios a pecuária de corte.
Na agricultura, prevalecem as lavouras de subsistência, como feijão, milho e mandioca. O município de Passira (foto ao lado) tem uma atividade produtiva diferenciada: são os bordados artesanais confeccionados pelas mulheres da cidade e que têm grande valor comercial no mercado pernambucano.
Garanhuns
Situada no Agreste pernambucano, a microrregião é formada por 19 municípios, tem área de 5.028 km2, equivalente a 5,11% do território estadual. Sua principal atividade econômica é a criação de gado de leite e de corte, pois é nessa microrregião que está a chamada bacia leiteira do Estado. A agricultura é baseada nas lavouras de subsistência e, nas áreas de brejo, aparecem também a cafeicultura, a fruticultura e hortaliças.
O comércio da microrregião é significativo, sobretudo nos municípios de Garanhuns (foto ao lado, entrada da cidade) e Lajedo. Além de sua importância comercial, Garanhuns desenvolve atividades ligadas ao turismo e ao lazer, em função do seu clima de baixas temperaturas.
Brejos Pernambucanos
Parte do Agreste pernambucano, essa microrregião é formada por 11 municípios, tem área de 2.462 km2, equivalente a 2,6% do território estadual. Ao lado de áreas onde predominam o clima semi-árido e vegetação de caatinga, a microrregião apresenta espaços que, devido à altitude e exposição aos ventos alísios do Sudeste, têm temperaturas mais amenas, maior pluviosidade e vegetação mais densa: essas áreas são os chamados Brejos.
As bases da economia estão na criação de gado, culturas de subsistência, além de fruticultura, hortaliças e cafeicultura desenvolvidas nas áreas de brejo. Os municípios mais populosos: Bonito, Panelas e Altinho (foto acima).
Está dividida em seis microrregiões, que veremos a seguir: Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca, Alto Capibaribe, Médio Capibaribe, Garanhuns e Brejo Pernambucano. Tem, em geral, solos rasos, já erodidos e depauperados e presta-se para o cultivo de cereais.
Vale do Ipanema
Situada no Agreste pernambucano, ocupa uma área de 5.274 km2, é formada por 06 municípios, apresenta clima semi-árido, com temperaturas elevadas, chuvas escassas e mal distribuídas e rios temporários.
A economia da microrregião tem como base a pecuária extensiva (nos vastos pediplanos) e menos extensiva em algumas áreas, além de lavouras de subsistência. Os municípios mais populosos são Águas Belas e Buíque (foto ao lado).
Vale do Ipojuca
Composta por 16 municípios, é a microrregião do Agreste pernambucano que possui estrutura urbana mais consolidada, com razoável dinamismo no setor industrial e comercial, sobressaindo-se a cidade de Caruaru, que é a maior cidade do interior do Estado e um centro comercial de importância interregional. As maiores indústrias, com destaque para os setores de alimentos e confecções, estão nos municípios de Caruaru, Pesqueira e Belo Jardim.
A microrregião tem atividades agrícolas diversificadas, destacando-se as culturas de tomate, beterraba, cenoura, repolho, alface, pimentão e outras, sobretudo nas áreas de brejo, onde se sobressaem os municípios de Brejo da Madre de Deus e Gravatá (foto acima).
Alto Capibaribe
É uma microrregião do Agreste pernambucano, formada por 09 municípios e tem uma área de 1.608 km2, equivalente a 1,63% do território estadual. A economia da maioria dos municípios depende de atividades rurais, com exceção de Santa Cruz do Capibaribe (foto ao lado) e Surubim que, juntos, detém quase 70% da taxa de urbanização da microrregião.
A cidade de Santa Cruz do Capibaribe desenvolveu, a partir dos anos 1970, uma atividade que nada tem a ver com a base econômica regional: é a confecção de vestuário, pruduzida através de inúmeras microempresas que geram renda e emprego para a maioria da população da cidade.
Médio Capibaribe
Localizada no Agreste do Estado, a microrregião tem área de 1.781 km2, onde estão situados 10 municípios, sendo Limoeiro o mais populoso. A atividade econômica de maior peso na microrregião é a pecuária mista, predominando em alguns municípios a pecuária de corte.
Na agricultura, prevalecem as lavouras de subsistência, como feijão, milho e mandioca. O município de Passira (foto ao lado) tem uma atividade produtiva diferenciada: são os bordados artesanais confeccionados pelas mulheres da cidade e que têm grande valor comercial no mercado pernambucano.
Garanhuns
Situada no Agreste pernambucano, a microrregião é formada por 19 municípios, tem área de 5.028 km2, equivalente a 5,11% do território estadual. Sua principal atividade econômica é a criação de gado de leite e de corte, pois é nessa microrregião que está a chamada bacia leiteira do Estado. A agricultura é baseada nas lavouras de subsistência e, nas áreas de brejo, aparecem também a cafeicultura, a fruticultura e hortaliças.
O comércio da microrregião é significativo, sobretudo nos municípios de Garanhuns (foto ao lado, entrada da cidade) e Lajedo. Além de sua importância comercial, Garanhuns desenvolve atividades ligadas ao turismo e ao lazer, em função do seu clima de baixas temperaturas.
Brejos Pernambucanos
Parte do Agreste pernambucano, essa microrregião é formada por 11 municípios, tem área de 2.462 km2, equivalente a 2,6% do território estadual. Ao lado de áreas onde predominam o clima semi-árido e vegetação de caatinga, a microrregião apresenta espaços que, devido à altitude e exposição aos ventos alísios do Sudeste, têm temperaturas mais amenas, maior pluviosidade e vegetação mais densa: essas áreas são os chamados Brejos.
As bases da economia estão na criação de gado, culturas de subsistência, além de fruticultura, hortaliças e cafeicultura desenvolvidas nas áreas de brejo. Os municípios mais populosos: Bonito, Panelas e Altinho (foto acima).
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