SOBRE A EDUCAÇÃO EM PERNAMBUCO




A experiência de Pernambuco – EDUQ

Segundo dados do Banco Mundial, o estado de Pernambuco é o segundo mais pobre da região Nordeste, com 2,6 milhões de pessoas vivendo na pobreza. Apesar de ter melhorado seus índices de analfabetismo e de acesso à escola, há uma grande parcela dos pobres que nunca chega a entrar no nível fundamental do sistema de ensino, correspondendo a 29% das crianças das famílias indigentes e a 19% das crianças das famílias muito pobres.
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O Projeto Integrado de Desenvolvimento e Melhoria na Qualidade da Educação de Pernambuco, conhecido como EDUQ, objetiva financiar políticas educacionais do ensino fundamental ao ensino médio, e acaba de entrar em vigor com uma duração prevista de quatro anos, de abril de 2005 a dezembro de 2009, dentre os quais 2006, 2007 e 2008 concentram o maior volume de investimentos.

A Conselheira Edla de Araújo Lira Soares colocou para reflexão que, quando o Estado assina um contrato ou um convênio de receber 31 milhões e pagar 51 milhões, quem se endivida não é o Estado, nem a Secretaria de Educação e sim todos os pernambucanos e pernambucanas.


O Banco Mundial afirma que não há relação entre investimento no profissional de educação e melhoria de desempenho dos alunos, e coloca como indicador de sucesso do Programa a consolidação de um teto para pagamento de pessoal, o que demonstra o baixo valor que o Banco dá a esse elemento essencial e estratégico da política educacional. É também importante acompanhar quais serão as diretrizes da reforma do estado a serem implementadas pelo projeto, particularmente em virtude dos precedentes que incentivam a privatização e a responsabilização das escolas, acompanhada da desresponsabilização das demais instâncias de governo.

Texto retirado de:  http://www.bdae.org.br/dspace/bitstream/123456789/2348/1/banco_mundial_em_foco.pdf

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