POR QUE OS PROFESSORES PARARAM?



Muitos podem se perguntarem o porquê da parada dos professores nestes dias 17, 18 e 19 de março. Especialmente aqueles desavisados que apenas veem a propaganda política do governo estadual mostrando uma realidade de sonhos para a educação de Pernambuco.
Aparentemente vivemos um mar de rosas: o governo paga o piso salarial, alunos fazem intercâmbio internacional, escolas estão sendo reformadas e construídas, as escolas de referências e técnicas estão de vento em polpa e ainda há um bônus para as escolas que atingem as metas da educação. Estão reclamando de quê?
O que o governo não tem interesse em mostrar é que nesse mar de rosas há mais espinhos do que pétalas. É inegável que temos melhorado a educação. Há ações importantes e merecem aplausos. No entanto, não podemos esquecer que educação se faz no campo das lutas, que conquistas não vêm por bondade governamental.



O governo achatou o nosso piso, incluindo nele as gratificações que haviam, direitos adquiridos, e ainda paga um dos piores salários do Brasil. E para piorar estabelece metas que as escolas não encontram explicação, mas têm de serem atingidas. Quem não as atinge, fica mal diante da comunidade e dos alunos, metas essas que não dependem unicamente do trabalho do professor. Em certa escola metade dos alunos se recusaram a fazer a prova do Saepe e a escola não atingiu a meta. Culpa de quem?
A rede estadual está se livrando do Ensino fundamental, jogando esses estudantes para as prefeituras que não dão conta do recado.
Muitas escolas pararam, mas ficar em casa assistindo sessão da tarde não vai ajudar em nada. É preciso fazer algo, refletir, incluir-se na luta por uma educação de qualidade social para todos realmente.  
À luta, pessoal!

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